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Conheça a história do cearense que viajou de Massachusetts para Fortaleza de Yamaha!

Após 20 anos morando nos Estados Unidos, o motociclista cearense Tony Guerra, retornou ao Ceará, sua terra natal pilotando uma Yamaha, em uma viagem de 18 mil quilômetros em 3 meses. Uma verdadeira epopeia, saindo de Massachusetts, onde mora desde 2001, e chegando em Fortaleza no último dia 28 de dezembro.

E isso tudo, filmando e fotografando por países como Estados Unidos, México, Guatemala, Costa Rica, Colômbia, registrando locais belíssimos, estradas incríveis, paradas, paisagens, nas mais variadas cidades e claro, conhecendo pessoas e ouvindo suas histórias. Quando não era possível continuar o trajeto por terra, Tony se locomovia de barco com sua moto, como fez para ir de Manaus para Belém do Pará.

Aos 55 anos, Tony Guerra tem mais de 50.000 quilometros de aventuras off-road e com o lema “mais importante que o destino, é o meio utilizado para alcançá-lo”, fez praticamente uma releitura de “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”, de Glauber Rocha, sobre duas rodas.

SUPERAÇÃO

Mas o que esta jornada se diferenciou das outras, além, claro, da volta pra casa? A superação. Tony precisou superar um grave acidente de moto 2016, recuperar seu corpo e sua mente para voltar a fazer o que chama de ‘parque de diversão’: viajar em sua moto em grandes jornadas.

Mas não foi fácil, ele precisou superar suas dúvidas e medos para voltar em 2021 a desbravar o mundo em duas rodas, como uma verdadeira retomada de uma adrenalina que se acostumou a viver.

“Essa viagem foi de superação. Em 2016, tive um acidente e operei 2 discos da cervical, prejudiquei ombro e lombar. Até 2020 fiquei sem fazer nada físico, nem trabalhar, andar de motocicleta nem em sonho. Nesse período que fiquei vendo viagens que outras pessoas que foram partes da minha viagem”. 

Foi quando em 2021 veio a sonhada notícia, de que poderia voltar a andar de moto, mas não sem pairar dúvidas em sua cabeça.

“Em 2021, os médicos me liberaram para andar de moto. Todo ano fazia viagem, distribuindo camisas e quando me liberaram, fiquei meio que mudo, e estava com medo. Não de mim ou da moto, mas de ter outro acidente, de que alguém batesse em mim, e ficasse mais 5 anos em casa sem fazer nada”.

Mas para voltar para o querido Ceará, o motociclista precisava conhecer seus novos limites e estar preparado. Foi aí que ele teve a ideia de uma viagem de ‘teste’, de 14 mil km em 32 dias, com Tony mesmo explica.

“Meus médicos começaram a cobrar uma viagem, brincando comigo. Eu não duvidava de mim, da minha técnica, da minha moto, mas tinha receio de um novo acidente. Mas depois de algumas semanas, estava na garagem, com minha Harley-Davidson, comecei a colocar uma coisa e eu disse a minha esposa que iria viajar. Eu fiz a Rota 66 completa, e fui até a Califórnia para ver o Mundial de Surf, quando o Medina foi campeão. Fiz 14 mil km em 32 dias. Eu voltei pra casa em Massachusetts, com a satisfação que poderia andar muitas horas de motocicleta novamente”.

Foi aí que ele se encorajou para uma nova jornada e em sua especialidade: trilhas off-road. Na viagem anterior, ele foi em sua  Harley-Davidson, em estradas pavimentadas. Mas agora o desafio era outro: de Massachusetts para o Ceará em sua Yamaha.

Para a rota Massachusetts-Fortaleza, Tony equipou sua moto com o que chama de oficina e cozinha completas. Tudo para passar ileso e chegar ao seu destino, afinal, toda travessia foi feita sozinho.

“Na estrada, sou e e Deus. É preciso ter muita vontade, amor, resiliência e perseverança. Acordar todo dia cedo e ficar 8 horas pilotando moto todo dia, por mais que ame, tem desgaste físico grande, perdi 15 quilos no mínimo. Mas me alimento bem, não tomo remédio, não fumo, não bebo, não uso droga. Tenho comigo todo material de camping, oficina completa, cozinha completa. Se furar um pneu eu troco. Só tive um pneu furado na viagem. Nem todo dia é dia de maravilha, mas é preciso desfrutar”.

E AS PRÓXIMAS VIAGENS?

Engana-se que chegar em Fortaleza foi a última parada para Tony. Essa foi apenas a primeira parte da jornada. Ele ainda tem pelo menos três aventuras em mente. Em março de 2023 ele fará o percurso retornando para Massachusets, outra Londres-Dakar e 2024 na Austrália.

“Em março será a 2ª parte da viagem. Eu desço para a Argentina,  passo pelo deserto do Atacama, Chile, tentarei passar pelo Peru se ainda não estiver em estado de sítio. Como já conheço todo o percurso, se conseguir chegar ao Peru, despacho a moto e vou pra casa de avião”. 

“A do ano que vem, já está formulada e quero fazer o trajeto Londres-Dakar. Para ‘pendurar as chuteiras’, em 2024 conhecer todo o deserto da Austrália”.

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